segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Perdoe-me



Perdoe-me
Pelo beijo que não foi dado
Mas que de ti por mim foi roubado
E entre os meus lábios está perpetuado;
perdoe-me
Pelo toque de dedos que não existiu
Mas que tão forte meu corpo sentiu
Que tomou para si o que de ti não partiu;
Perdoe-me
Pelo abraço que de nós foi banido
Mas, que por minha alma de tal forma foi sentido.
Que em mim o prendi e de mim jamais será excluído;
Perdoe-me
Se não fui o que esperou de mim
Mas o que tu me destes levarei até o fim
Como um tesouro plantado em meu jardim;
Perdoe-me
Por essa ausência tão presente
Que diante dessa presença tão ausente
Tornou-se insustentável, me fazendo agir loucamente;
Perdoe-me
Pelas lágrimas que te forcei a ver
Se diante de ti não soube o que fazer
Se desejei tanto tua voz ao ponto de arder;
Perdoe-me
Por ir desta forma silenciosa
Por não ter sido tão corajosa
Mas grito por dentro de forma dolorosa
Perdoe-me
Por amanhecer em todo o meu lugar
Por na paisagem não mais voar
E no mar não mais mergulhar
Perdoe-me
Por te amar e querer tão loucamente
Por ter que ir tão de repente
Por te prender em mim para sempre...
Perdoe-me

Sunna França

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Platão disse...

Aonde estar você?

Borealis disse...

não sei como acabei caindo aqui...
mas acabei lendo, e gostando

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