quarta-feira, 16 de setembro de 2020

A verdade nua e crua


 Sabe aqueles textos “pronto, falei”? Danou-se!!!

PS: Se você é uma das pessoas lindas e desproblematizadas que fazem parte da minha vida e dos demais amores que me acompanham, mesmo sabendo que somos pacientes crônicos, esse texto não é para você, no sentido direto, a não ser que você conheça quem o merece ler, neste caso é só compartilhar, afinal, não deixa de ser uma oportunidade ímpar de esterilização de consciência em plena geração pandêmica. 🤭 

PS2: grande, polêmico, sei que poucos lerão, porém, tema tão importante e indispensável. Gostaria muito de vencer a minha dificuldade com vídeos... nossa...

Ah, já de cara, continua no blog, link na bio, carácteres do insta foi pensado para asneiras e bebês de bordo da escrita, não para assunto sério e para quem digitou no útero, hehe! 👇🏻

Eu tento mudar de assunto, mas a defesa do meu povo não arreda pé da minha vida de escritora. São muitos os acontecimento e aprendizados que absorvo na condição de portadora crônica, então, como escritora, vivo a me questionar: como não passá-los a frente, como detê-los, sabendo que tantas outras pessoas lindas por esse mundo afora estão sofrendo o mesmo ataque, ou sintoma, ou efeito nocivo, ou o que quer que seja provocado pelos chiliques e faniquitos alheios ou das doenças e que não nos faz bem, como me calar, sabendo que há tanto a informar e conscientizar ? 

Não dá, simplesmente não dá! 

Então vá lá, senta que lá vem textão !

Há um instintivo de defesa de si, natural em nós, doentes crônicos, portadores de enfermidade graves, degenerativas e INCURÁVEIS. E tenho dito!

Ele existe sim! E é ele que é acionado em nós, quando alguém nos magoa e desejamos nos afastar dela imediatamente, é ele quem liga a sirene do foda-se, quando alguém decide nos atormentar com suas lições inúteis e invalidadas sobre o que fazer com o que nem ela mesma conhece, sabe, ou o pior, é capaz de aplicar na própria vida. É isso que impulsiona alguns de nós a sermos sozinhos, calados as vezes e não nos metermos em confusão, inclusive, em situações que deveríamos dar a louca. Optamos por por vezes em ignorar o “inignorável”, agindo como baratas insossas diante do caos humano estabelecido por e nas relações. Já outros de nós, porque ninguém é igual e nem os instintos de defesa o são, simplesmente dão a louca e sim, aqui também é tudo movido pelo mesmo moço, o tal instinto de proteção, de salvamento, buscando a indiferença e enquanto não a encontrarmos, nos mantendo afastados do que nos apresentou PERIGO IMINENTE, pelo nosso bem físico até, afinal, em algumas situações o nosso corpo, sem que queiramos, acreditem, simplesmente reconhece certas ações E pessoas como risco de morte ou de qualquer coisa que o valha entre o mundo dos sintomas e das sequelas e liga todas as sirenes e alertas possíveis para nos chamar a atenção aos cuidados URGENTES que precisamos ter naquele momento e dali em diante. 

Entenda, é como se houvesse acontecido um acidente, um susto enorme, ele reage a certas coisas como se houvesse sofrido uma pancada muito forte, saltado de paraquedas com defeito, montado em uma asa delta desgovernada, tipo fogo no parquinho mesmo e esses alertas em sua grande maioria são em forma de reações como DORES, NÁUSEAS, VÔMITOS, TONTURAS E ATÉ SÍNCOPES, INFARTOS E AVC, o que ativa uma próxima etapa do moço, nosso instinto defensor, a reação pós ação, que pode vir regada de afastamento, medo, frieza, ou, até comportamentos um tanto quanto hostis, principalmente se analisado por quem vive fora de um corpo que o tempo todo dói, o tempo todo agoniza em retribuição ao que é exposto, inclusive por essa pessoa, que com certeza irá dormir em paz ao fim do dia, mesmo tento sido o escroto dos escrotos e ainda julgado a reação da pessoa que não irá dormir por dias de dor (isso se ela não for parar no hospital e ele nem saber), como severa, equivocada, hostil, exagerada, mimimi e por aí vai, a lista dos pré julgamentos e pré juízos é infinda. Quando um parente ou amigo entende tudo errado, ou mesmo entende certo, mas faz errado, porque está de saco cheio de ter que nos aturar doentes e cheios de “frescuras” (leia-se ‘cuidados’ para os bons e normais, sobre os quais não me refiro nesse texto) e simplesmente quer realmente tripudiar a nossas custas, é esse instinto de defesa que nos faz virar as costas, que não nos deixa, sequer, rever os manuais mais espirituais de perdão e do quanto devemos relevar, deixar para lá e dar a esse ser a “excelente” (só para ele) e tão desejada (mais uma vez para ele) oportunidade de fazer tudo de novo, por mais que isso nos coloque em risco de morte. 

Opa, então, aqui acabamos de ler resumido em três palavras a real utilidade desse instinto de defesa que nós, que você, que o papa que seja DEVE considerar e respeitar quando lida com um de nós, RISCO DE MORTE! (Falei 3 X nesse texto, neh ? Porque no caso dos Marfans e Addisonianos, dentre outros, isso é de fato muito real e sério!)Há coisas que literalmente nos colocam em risco de vida e quando não, no mínimo ela irá nos provocar uma dor aguda em alguma parte do corpo que já dói, por sinal, mas que irá piorar, podendo ser em algum membro do corpo ou até mesmo em algum órgão vital, como coração; pâncreas, rins, etc. faça uma ideia se for capaz, das dificuldades que é viver assim, quem dirá, SOBREVIVER assim, à morte mesmo. 

Sabe, é contra ela que lutamos... ninguém mais! Porém, se você escolher se aliar a ela nessa nossa jornada nada normal ou “analgésica”, para não dizer cheia de dores, puf... quando nos defendemos de certas ações com algumas atitudes ditas “exageradas”, é a nossa vida que estamos defendendo, literalmente. Estar exposto a certas atitudes perversas e irresponsáveis pode até nos matar e rápido! Mais do que o nosso próprio comportamento pode fazer em revelia a isso, afinal, vivemos de prática em prática de sobrevivência, sendo que o nosso manual de instrução É O PRÓPRIO campo de batalha: as doenças, suas dores e sintomas, ou seja, ou vai ou racha, ou aprendemos ou padecemos. Se não sabia, fique sabendo e, conselho que te dou, se há amor, MELHORE, senão, SAI FORA da vida de pessoas como eu. Temos muito o que fazer nesta luta diária por permanecer, ficar aqui na terra, vai além do que sonha a sua vã capacidade de negligenciar os princípios primordiais das relações, da boa convivência, da educação, das boas maneiras, da vida em nossa volta e expelir ao próximo os seus desejos insanos, equivocados, egocêntricos, desumanos e prejudiciais mais profundos. 

A sua falta de controle sobre a sua língua, o seu desejo por expor a sua opinião a qualquer custo, as suas achologias e pareceres nada médicos ou psicológicos, se você não é um, os seus julgamentos, por mais que estejam cobertos de boas intenções (do jeitinho que dizem que é o inferno), os seus pequenos e cumulativos atos de maldade, na grandississima maioria das vezes não apenas nos serve de nada, como serve para piorar a nossa situação e aqui, como em qualquer selva ou guerra (que é o que é a nossa vida, você queira ou não aceitar esse fato), é acionado em nós este instinto de defesa e sobrevivência, que simplesmente é o que de fato nos ajuda a nos manter por mais tempo aqui na terra, afinal, a nossa luta aqui não é contra você, não é sobre você, não é para você e sim, PELA VIDA. Por SOBREVIVÊNCIA ! Para não MORRER e se não morrer, TER O MÍNIMO DE DIGNIDADE em viver. Parentes, amiguinhos, sociedade, não piorem isso, please!!! Já é difícil o suficiente, acreditem...

Então assim, o que quero dizer é que há sim, uma fórmula (nada) mágica para você ficar imune e passar incólume a esse instinto que nos faz as vezes parecer tão frios e arredios, indelicados, grosseiros, silenciosos, indiferentes, chorões, fragilizados, varia (já disse que não somos iguais? Já neh!), que te incomoda e afeta tanto, mas que nos ajuda, na verdade, a permanecer um pouco mais de tempo vivos e, quem sabe, sem sofrimentos extras adivinhos da ordem das inutilidades ou perversões. Simples, se você não puder ajudar, NÃO ATRAPALHA, que tudo ficará QUASE (já que a nossa vida é feita de “quases”) na mais perfeita paz para todos, você verá! Tenta! 

Sunna França 


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